sexta-feira, 29 de novembro de 2013

A Dança no Império Romano

   Para ser estudada, a história do Império Romano foi dividida em três períodos: Reis, República e Império.
   Sob os Reis, do século VII ao século VI a.C., a dança era praticada como rito religioso, frequentemente de origem agrária. Um dos rituais mais conhecidos era o Saliano: uma dança guerreira, praticada mais comumente na primavera, em honra de Marte (o mês do nascimento da primavera). Remetia a rituais que garantiam a perenidade de Roma, utilizando-se de escudos sagrados que eram guardados para esses eventos. Essa dança era um Tripudium, uma dança em três tempos.
   No início da República as origens sagradas da dança já estavam esquecidas. Por isso, alguns estadistas como Cipião Emiliano e Cícero hostilizaram e fecharam as escolas que ensinavam dança às crianças de boa família.
   Porém, as danças tradicionais da velha cultura romana, como as nupciais, não morreram.

 
   
Durante o Império a dança voltou a ser praticada com frequência, inclusive por mulheres de classes altas, mas as danças que fizeram mais sucesso foram as dos jogos de circo. A pírrica (dança típica da Grécia Antiga) voltou a ser praticada, e os pirriquistas eram trazidos da Jônia.

Existiam até dançarinos famosos, como Batilo e Pílado, que eram reconhecidos por seus estilos diferentes. Mas a dança que não era mais sagrada também perdeu, além de seu sentido inicial, muitos movimentos e denotações, chegando a ter características que a aproximavam da indecência, como é o caso das danças de banquetes.


Na pintura de Pompéia no Museu de Nápoles, há um exemplo disso, de uma dançarina nua.

  

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Paisagens - Roma

 
             Fonte dos Trevos 

 Castel Sant' Angelo
                        Castelo de Santo Angelo
                                                             


 
  Monumento Nazionale a Vittorio Emanuele II 

 


  Vista do topo do domo da Basílica de São Pedro                                                                                      

   

  Fontana del Nettuno (Fountain of Neptune) , Piazza Navona, Rome, Italy 
                   Fontana del Netuno    




 Saint Peter's Square / Vatican / Rome
                       Saint Peter's Square



Roma - Tempio di Ercole e Fontana del Tritone
           Tempio di Ercole e Fontana del Tritone
          

 

Pedacinho da Basílica de São Pedro
                Pedacinho da Basílica de São Pedro


Zoológico de Roma
                 Zoológico de Roma  
                            


  Phanteon
                                     Phanteon



Vaticano
                             Vaticano 


 

Coliseo
                                       Coliseu



              

                                 
forum romano - foto de Roma
                      Fórum Romano
                                 


Piazza - foto de Roma
                              Piazza
                   

Gladiador -Império Romano

Gladiador era um escravo lutador na Roma Antiga. O termo utilizado para definir os escravos que eram forçados a lutar por suas vidas no antigo Império Romano é proveniente de uma espada que utilizavam em combate, o gládio. Os primeiros registros existentes sobre lutas de gladiadores em Roma são datados de 286 a.C.. Sabe-se, contudo, que foi um esporte inventado pelos etruscos.
Em Roma, a luta dos gladiadores fez muito sucesso, era atividade muito atrativa para o grande público. Combatentes se enfrentavam na arena e a luta só terminava quando um deles morria, ficava desarmado ou sem poder combater. Havia um responsável por presidir a luta que determinava se o derrotado deveria morrer ou não, e o povo influenciava muito nessa decisão. Normalmente a manifestação popular era expressa apontando a mão fechada com o polegar para baixo, o que significava que o povo desejava a morte do derrotado. Entretanto nem sempre a morte era desejada e a posição oposta do indicador ou a mão fechada levantada do ar indicava que o derrotado poderia ficar vivo.
Por muitos séculos, os Gladiadores lutaram entre si ou contra animais ferozes para entreter os romanos. Foi construída uma arena especial para esse tipo de espetáculo, o Coliseu, que tem em suas ruínas, hoje, um dos principais pontos turísticos da Itália.
Os lutadores eram prisioneiros de guerra, escravos e autores de crimes graves. E, para satisfazer o fetiche de alguns imperadores, mulheres e anões também lutavam. Eles tinham treinamento em escolas especializadas para combater na arena, recebiam tratamento especial no intervalo das lutas e não lutavam mais que três vezes ao ano. Ou seja, ser um Gladiador era melhor do que ser um escravo comum e ainda abria a oportunidade ao reconhecimento do público. Quando viajavam para lutar em outras cidades, deslocavam-se em grupos conhecidos como famílias e eram acompanhados pelo treinador. Geralmente, eram vegetarianos.
Os Gladiadores eram separados por categorias, para impossibilitar a desvantagem, que eram: tráciosmurmillos,retiáriossecutores e dimachaeri. Estudos feitos em esqueletos desses combatentes mostraram que os derrotados que eram julgados pela plateia costumavam ser mortos por um golpe na jugular. Quando o lutador estava muito debilitado, ficavam de quatro e recebiam um golpe nas costas que chegava diretamente ao coração.
A luta de gladiadores representava muito no Império Romano, era a grande atração para o povo. Por esse motivo os imperadores investiam tanto nesses espetáculos, já que assim conseguiam conquistar a amizade do povo. Essa era uma política chamada de “Pão e Circo”, os governantes distribuíam pão durante as lutas e assim conseguiam manipular as massas, oferecendo o que mais lhes interessava. Dois imperadores, inclusive, entraram na arena para lutar, caso de Calígula e Cómodo. Naturalmente, as lutas foram preparadas e eles venceram.
Um Gladiador é muito conhecido por ser representado no cinema e em seriados, Espártaco. Este iniciou, em 73 a.C., a terceira guerra contra os escravos. Foi responsável por liderar gladiadores e escravos rebeldes, assuntando a República Romana. A revolta terminou como assassinato de Espártaco.
Após muitos séculos de lutas de gladiadores, o cristianismo baniu esses combates com a proibição oficial do imperador Constantino I, em 325. As lutas, contudo, continuaram por mais um século na irregularidade. Somente o papa Inocêncio I e o imperador Honório que conseguiram decretar o fim definitivo da luta de gladiadores.

Que tipo de entretenimento os romanos antigos gostavam?

Apesar de uma forma de entretenimento para os antigos romanos ter sido o infame Coliseu e seus gladiadores, um espetáculo popular na Roma, os antigos romanos também apreciavam uma ampla gama de outros esportes, teatro, música e jogos. Outras cidades do Império Romano também tinham locais onde aconteciam espetáculos. O Coliseu foi apenas o maior e mais famoso.
Que tipo de entretenimento os romanos antigos gostavam?
O Circus Maximus, originalmente um campo de treinamento militar, era um local popular para esportes em Roma.

Coliseu

O Coliseu, construído pelo imperador romano Vespasian, foi originalmente chamado de Anfiteatro Flaviano. Ele precisou de 10 anos para ser construído e da ajuda de 40.000 pessoas. O Coliseu e arenas similares na Roma antiga eram algumas vezes casas de jogos, esportes ou músicas, mas tipicamente eram usados para espetáculos maiores. Eles incluíam combates de gladiadores, tanto apenas entre homens como entre homens e animais, como leões e outros predadores. Outros espetáculos populares incluíam a representação de várias batalhas famosas da história romana e o esporte muito perigoso de corrida de carro de guerra romano.

Teatro

Os gregos tiveram uma forte  influência no teatro romano. Os primeiros teatros romanos se apoiavam fortemente em contos religiosos, políticos e militares. Estes eram especialmente proeminentes em épocas de festivais e celebrações. Mais tarde, as peças romanas passaram a incluir tanto comédias quanto tragédias. Diferente do teatro moderno, cada parte de uma peça romana tinha tipicamente dois atores. Um deles lia as falas da peça e o outro representava os gestos e ações do personagem. As peças no teatro romano eram representadas por homens e tipicamente se utilizavam máscaras para representar os vários personagens da história.

Terapia musical

A Roma antiga é considerada o berço tanto da música clássica quanto da ópera. Os romanos gostavam de orquestrar, companhias de ópera, coros e conjuntos de câmaras. As performances orquestrais frequentemente envolviam dançarinos, que, diferente do teatro, incluiam mulheres e romanos ricos. Os antigos romanos tinham música ao vivo tocada para acompanhar as refeições. Os instrumentos musicais na Roma incluiam a harpa, a lira, as flautas, os sinos, os trompetes, as cornetas e os tambores. Eles também tocavam pequenos instrumntos como o pandeiro, o chimbal e o crotalum, semelhante à castanhola. Os romanos também gostavam de um instrumento chamado "hidraulus", também conhecido como órgão d'água. Ele consistia em uma fileira de tubos preenchidos em vários níveis com água que tinha o ar empurrado através deles pelo fole.

Esportes e jogos

Os homens romanos participavam de uma variedade de esportes como corrida à pé, tiro com arco, luta, esgrima e natação. No campo eles caçavam, pescavam e andavam a cavalo. Os romanos também jogavam dados e um jogo similar ao xadrez. As crianças brincavam com pipas, balanços, animais esculpidos, topos de madeira e um jogo chamado "pega ossos" semelhante ao "cinco marias". Eles também brincavam de guerra com espadas e escudos de madeira. As bonecas romanas eram feitas de barro, cera ou trapos, algumas até tinham juntas trabalhadas em seus braços e pernas.

terça-feira, 26 de novembro de 2013

Império Romano


Dois nomes se sobressaíram durante o Império Romano: Julio César e Augusto.
Após vários conflitos, Julio César tornou-se ditador (com o apoio do Senado) e apoiado pelo exército e pela plebe urbana, começou a acumular títulos concedidos pelo Senado. Tornou-se Pontífice Máximo e passou a ser: Ditador Perpétuo (podia reformar a Constituição), Censor vitalício (podia escolher senadores) e Cônsul Vitalício, além de comandar o exército em Roma e nas províncias.
Tantos poderes lhe davam vários privilégios: sua estátua foi colocada nos templos e ele passou a ser venerado como um deus (Júpiter Julius).
Com tanto poder nas mãos, começou a realizar várias reformas e conquistou enorme apoio popular.
- Acabou com as guerras civis
- Construiu obras publicas
- Reorganizou as finanças
- Obrigou proprietários a empregar homens livres
- Promoveu a fundação de colônias
- Reformou o calendário dando seu nome ao sétimo mês
- Introduziu o ano bissexto
- Estendeu cidadania romana aos habitantes das províncias
- Nomeava os governadores e os fiscalizava para evitar que espoliassem as províncias
Em compensação, os ricos (que se sentiram prejudicados) começaram a conspirar.
No dia 15 de março de 44 a.C., Julio César foi assassinado. Seu sucessor (Otávio), recebeu o título de Augusto, que significava “Escolhido dos Deuses”. O governo de Augusto marcou o início de um longo período de calma e prosperidade.
Principais medidas tomadas por Augusto:
- Profissionalizou o exército
- Criou o correio
- Magistrados e senadores tiveram seus poderes reduzidos
- Criou o conselho do imperador (que se tornou mais importante que o senado)
- Criou novos cargos
- Os cidadãos começaram a ter direitos proporcionais aos seus bens. Surgiu assim três ordens sociais: Senatorial (tinham privilégios políticos), Eqüestre (podiam exercer alguns cargos públicos) e Inferior (não tinham nenhum direito).
- Encorajou a formação de famílias numerosas e a volta da população ao campo
- Mandou punir as mulheres adúlteras
- Estimulou o culto aos deuses tradicionais (Apolo, Vênus, César, etc)
- Combateu a introdução de práticas religiosas estrangeiras
- Passou a sustentar escritores e poetas sem recursos (Virgílio
 autor de “Eneida”, Tito Lívio, Horácio)
Quando chegou a hora de deixar um sucessor, Augusto nomeou Tibério (um de seus principais colaboradores).
A História Romana vivia o seu melhor período. A cidade de Roma tornou-se o centro de um império que crescia e se estendia pela Europa, Ásia e África.
Após a morte de Augusto, houve quatro dinastias de Imperadores:
Dinastia Julio-Claudiana (14-68): Tibério executou os planos deixados por Augusto. Porém, foi acusado da morte do general Germanicus e teve o povo e o Senado contra ele. Sua morte (78 anos) foi comemorada nas ruas de Roma. Seus sucessores foram Calígula (filho de Germanicus), Cláudio (tio de Calígula) e Nero. Essa dinastia caracterizou-se pelos constantes conflitos entre o Senado e os imperadores.
Dinastia dos Flávios (69-96): neste período, os romanos dominaram a Palestina e houve a dispersão (diáspora) do povo judeu.
Dinastia dos Antoninos (96-192): marcou o apogeu do Império Romano. Dentre os imperadores dessa dinastia, podemos citar: Marco Aurélio (que cultivava os ideais de justiça e bondade) e Cômodo que por ser corrupto, acabou sendo assassinado em uma das conspirações que enfrentou.
Dinastia dos Severos (193-235): várias crises internas e pressões externas exercidas pelos bárbaros (os povos que ficavam além das fronteiras) pronunciaram o fim do Império Romano, a partir do século III da era cristã.
Alguns fatores contribuíram para a crise do império: colapso do sistema escravista, a diminuição da produção e fluxo comercial e a pressão dos povos que habitavam as fronteiras do Império (bárbaros).
A partir do ano 235, o Império começou a ser governado pelos imperadores-soldados (que tinham como principal objetivo combater as invasões).
Com a ascensão de Diocleciano no poder, em 284, o Império foi dividido em dois: Oriente (governado por ele mesmo) e Ocidente (governado por Maximiniano). Cada um deles era ajudado por um imperador subalterno – o César. Diocleciano acreditava que essa estrutura de poder (Tetrarquia) aumentava a eficiência do Estado e facilitava a defesa do território.Diocleciano tomou várias medidas para controlar a inflação.
Seu sucessor (Constantino) governou de 313 até 337.
Constantino legalizou o cristianismo e fundou Constantinopla – para onde transferiu a sede do governo, além de ter abolido o sistema de tetrarquia.
A partir do século IV, uma grave crise econômica deixou o Império enfraquecido e sem condições de proteger suas fronteiras, isso fez com que o território romano fosse ameaçado pelos bárbaros que aos poucos invadiram e dominaram o Império Romano do Ocidente formando vários reinos (Vândalos, Ostrogodos, Visigodos, Anglo-Saxões e Francos).
Em 476 (ano que é considerado pelos historiadores um marco divisório entre a Antiguidade e a Idade Média), o Império Romano do Ocidente desintegrou-se restando apenas o Império Romano do Oriente (com a capital situada em Constantinopla é também conhecido como Império Bizantino – por ter sido construído no lugar onde antes existia a colônia grega de Bizâncio), que ainda se manteve até o ano de 1453 quando Constantinopla foi invadida e dominada pelos turcos.
Durante toda a Idade Média, Roma manteve parte da sua antiga importância, mesmo com a população reduzida. Era apenas uma modesta cidade quando foi eleita capital da Itália em 1870.
A civilização romana deixou para a cultura ocidental uma herança riquíssima.
- A legislação adotada hoje em vários países do mundo tem como inspiração o
 Direito criado pelos romanos
- Várias línguas (inclusive o português) derivaram do latim falado pelos romanos
- Arquitetura
- Literatura

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

A questão agrária em Roma

Na medida em que conquistava novos territórios, Roma empreendia não apenas a sua supremacia militar frente a outros povos da Antiguidade. A cada região tomada, as terras eram empregadas no alargamento das fronteiras econômicas romanas. Desse modo, as atividades agrícolas, o comércio e o emprego de mão de obra escrava determinavam interessantes transformações. Além do enriquecimento, a conquista de terras provocou o alargamento das diferenças sociais.
Ficando com boa parte das terras conquistadas, os patrícios conseguiam produzir mais gêneros alimentícios e oferecer os mesmos a preços cada vez mais reduzidos. Essa situação acabou prejudicando os pequenos e médios proprietários plebeus que viviam na Península Itálica. Não conseguindo competir com os baixos preços impostos pela supremacia econômica dos patrícios, muitos desses proprietários menores vendiam suas terras e acabavam se tornando mão de obra barata nos centros urbanos romanos.
Com o passar do tempo, essas cidades, principalmente Roma, acabaram se transformando em palco de terríveis tensões sociais. A grande disponibilidade de escravos acabou limitando significativamente as vias de inserção econômica e social desses plebeus que se dirigiam às cidades. Além disso, os núcleos urbanos vivenciaram um insuportável inchaço demográfico que se sustentava na proletarização dos plebeus romanos.
Visando aplacar esses problemas, os tribunos da plebe e irmãos Tibério e Caio Graco resolveram estabelecer reformas que resolvessem esse grave problema que se desenvolvia. No ano de 133 a.C., Tibério Graco conseguiu aprovar uma lei agrária que limitou a extensão das terras pertencentes à nobreza e determinou a distribuição de terras públicas para os despossuídos. Desconfortáveis com tal lei, os grandes proprietários arquitetaram e executaram o assassinato de Tibério e 500 de seus asseclas.
Dez anos mais tarde, Caio Graco ascendeu ao cargo de tribuno da plebe com claras intenções de retomar os projetos de seu falecido irmão. Para tanto, conquistou o apoio político dos cavaleiros romanos ao beneficiá-los com uma lei que lhes concedia o direito de participar dos tribunais que controlavam a administração dos recursos públicos empregados nas províncias romanas. Além disso, ampliou suas bases de apoio ao propor a ampliação da cidadania romana aos demais povos aliados da Península Itálica.
A partir de então, Caio conseguiu aprovar leis que determinaram mudanças na forma de distribuição das terras conquistadas em Tarento e na Cápua. Logo em seguida, conseguiu a aprovação da Lei Frumentária, que estipulava a venda de trigo a valores menores para os cidadãos mais pobres. Reeleito em 122 a.C., o tribuno iniciou um projeto de colonização das terras de Cartago, no norte da África, que eram consideradas malditas pela tradição romana.
A tentativa de ampliação da cidadania romana acabou sendo utilizada como motivação para que os plebeus se voltassem contra Caio Graco. Por meio dessa lei, eles temiam que os benefícios garantidos pela política de pão e circo fossem ameaçados. Após perder outra reeleição, Caio tentou organizar um golpe de Estado. Em resposta, o Senado decretou estado de sítio. Acuados, Caio e seus seguidores se refugiaram no monte Aventino, onde o tribuno ordenou que um escravo o matasse.
Encerrados esses conflitos, percebemos que a reforma agrária romana e a tomada de outras ações de natureza democrática foram violentamente combatidas pela nobreza romana. Ao mesmo tempo, notamos que a classe plebeia não se mostrava coesa nesses mesmos projetos de transformação, tendo em vista que muitos eram confortados pelas ações assistenciais do próprio governo de Roma.
Os irmãos Graco sofreram forte oposição ao seu projeto de distribuição de terras 
Os irmãos Graco sofreram forte oposição ao seu projeto de distribuição de terras

As origens da Roma Antiga


A civilização romana tem suas origens marcadas por explicações míticas. 
Roma, atual capital da Itália, é o centro de onde emergiu um dos mais extensos impérios constituídos durante a Antiguidade. Fixada na porção central da Península Itálica, esta cidade foi criada no século VIII a.C. e contou com diferentes influências culturais e étnicas. Antes de falarmos sobre a criação da civilização romana, devemos assinalar os diversos povos que contribuíram para a sua origem. Entre estes, destacamos os etruscos, úmbrios, latinos, sabinos, samnitas e gregos.
Antes da criação da cidade de Roma, os etruscos se destacavam como uma das principais civilizações da porção central da Península Itálica. Os territórios etruscos alcançavam porções do Lácio e da Campanha. Cerca de doze centros urbanos eram ali distribuídos, estabelecendo uma economia bastante estruturada em razão das intensas atividades comerciais. Esse desenvolvimento se deu também em virtude das boas relações firmadas com os fenícios, fixados na porção norte do continente africano.

A criação de Roma é conhecidamente marcada pela lenda envolvendo os irmãos Rômulo e Remo. Segundo a história descrita na obra Eneida, do poeta Virgilio, o povo romano é descendente do herói troiano Eneias. Sua fuga para a Península Itálica se deu em função da destruição da cidade de Troia, invadida pelos gregos em 1400 a.C.. Após sua chegada, criou uma nova cidade chamada Lavínio. Tempos depois, seu filho Ascânio criou o reino de Alba Longa.

Neste reino ocorreu o enlace entre o deus Marte e a princesa Rea Sílvia, filha do rei Numitor. O envolvimento da princesa com a divindade deu origem aos gêmeos Rômulo e Remo, que deveriam ter direito de reinar sobre Alba Longa. No entanto, o ambicioso Amúlio arquitetou um plano para tomar o governo e, por isso, decidiu lançar as duas crianças às margens do rio Tibre. Rômulo e Remo sobreviveram graças aos cuidados de uma loba que os amamentou e os entregou à proteção de uma família camponesa.

Quando chegaram à idade adulta, os irmãos retornaram para Alba Longa e destituíram Amúlio, logo em seguida decidiram criar a cidade de Roma. Rômulo, que tinha o favor dos deuses, traçou o local onde seriam feitas as primeiras obras da cidade. Inconformado com a decisão do irmão, Remo saltou sobre a marca feita por Rômulo. Em resposta, Rômulo acabou assassinando Remo, tornando-se o primeiro monarca da história de Roma.

Essa explicação mítica é contraposta às pesquisas históricas e arqueológicas que apontam uma hipótese menos heroica sobre as origens de Roma. Segundo especialistas, a fundação de Roma ocorreu a partir da construção de uma fortificação criada pelos latinos e sabinos. Esses dois povos tomaram tal iniciativa, pois resistiam às incursões militares feitas pelos etruscos. No entanto, os mesmos etruscos vieram a dominar a região no século VII a.C.. A partir da fixação desses povos, compreende-se historicamente o início da civilização romana.

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Sociedade Romana.

História da Sociedade romana, classes, divisão social em Roma Antiga, composição, grupos sociais, Império Romano.


Composição da sociedade romana e características 
A sociedade romana se baseava numa organização social desigual, assim como muitas sociedades de civilizações antigas. Esta sociedade era estática, pois possuía pouca mobilidade social. Porém, no longo prazo, algumas camadas conquistaram direitos sociais, como foi o caso dos plebeus que, através de sua organização e luta adquiriram direitos políticos.
Além disso, havia muita tensão entre as classes sociais, originando muitas revoltas e conflitos.

Sociedade romana era dividida em cinco grupos sociais distintos:
Patrícios: descendentes das primeiras famílias que povoaram Roma, os patrícios eram proprietários de terras e ocupavam importantes cargos públicos. Considerados cidadãos romanos, possuíam muita riqueza e escravos. No topo da pirâmide social romana, compunham a minoria da população.
Plebeus: formavam a maioria da sociedade romana. A Plebe era composta basicamente por pequenos comerciantes, artesãos e outros trabalhadores livres. Possuiam poucos direitos políticos e de participação na vida religiosa.
Clientes: embora livres, os clientes viviam "presos" aos patrícios, pois possuíam uma forte relação de dependência. Esta classe era formada basicamente por estrangeiros e refugiados pobres. Tinham apoio econômico e jurídico dos patrícios, porém lhes deviam ajuda em trabalhos e questões militares.
Escravos: camada sem nenhum direito social em Roma. Os escravos eram, em sua grande maioria, presos de guerra. Eram vendidos como mercadorias para patrícios e plebeus e não recebiam pagamentos pelo trabalho, mas apenas comida e roupas. Executavam tarefas pesadas e também serviam como serviçais domésticos. Na época do Império Romano, o número de escravos aumentou de forma extraordinária.
Libertos: ex-escravos que obtinham a liberdade por concessão de seus proprietários, por abandono ou até mesmo pela compra própria da liberdade. Geralmente trabalhavam para seu ex dono.

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Pizza, a melhor pedida

Ao lado do Coliseo tem ótimas pizzarias...


Roma Hoje

Com uma população de quase 3 milhões de habitantes, Roma é a capital da Itália. Nela situa-se o Vaticano, território independente, sede da igreja católica, e onde reside o papa.

Ao fundo, a Basílica de São Pedro, no Vaticano. Construída  no século XVII por Bernini, pintor, escultor e arquiteto italiano. A obra apresenta uma perfeição técnica considerada inigualável.

Colunata da Basílica de São Pedro, no Vaticano.
As praças e ruas do centro histórico romano são consideradas o maior museu ao ar livre do mundo.
Igrejas, edifícios, estátuas, monumentos formam um inestimável tesouro de arte e cultura. Milhões de turistas visitam a cidade  todos os anos.
Quase 12 mil pessoas, entre técnicos, funcionários da administração, vigias e operários, tem como única ou principal atividade a proteção e a conservação do patrimônio artístico e cultural da cidade. Apesar disso, os edifícios históricos e as obras de arte estão seriamente ameaçados.
Um dos maiores inimigos dos monumentos históricos de Roma é a poluição causada pela fumaça lançada dos veículos. Ela provoca uma reação química que esfarinha as pedras, mesmo as mais duras e resistentes. A velocidade da corrosão já foi até calculada: é de 5 milímetros em cada trinta anos. Esse ritmo vem arruinando baixos-relevos, colunas, portas e esculturas de valor inestimável.
O governo italiano está investindo para restaurar esse patrimônio. Mas restaurar não é suficiente: é preciso conservar. Para isso, estão sendo tomadas medidas para que a área do centro histórico romano deixe de ser uma das poluídas da Europa.

Fontana di Trevi, em Roma.

Que COLOSSO!!!











Il Colosso, e atrás o Coliseo de ROMA

Hummmm, que fome

Quando em ROMA, não esqueça de provar uma boa macarronada italiana...














Na foto, o esfomeado Fava experimentando o que é que a romana tem...

Antiga culinária romana

Amplamente conhecida por suas massas, risotos, vinhos e azeitonas, a cozinha italiana é uma parte fundamental da dieta mediterrânica. Mas será que os italianos sempre comeram massa? Que tipo de refeições deliciosas desfrutava o povo de Roma Antiga?
A cozinha italiana começou com poucas receitas simples que foram fortemente influenciadas pela cultura grega. No entanto, enquanto o império romano se expandia, a variedade de pratos começou a aumentar, mudando radicalmente com a distância geográfica e econômica.
Nos primeiros estágios do império, os romanos comiam três vezes ao dia devido ao constante trabalho manual. O povo tomava o café da manhã, um almoço pequeno antes do meio-dia, e um jantar, chamado cena, à noite. No entanto, com o passo do tempo e a mudança da paisagem cultural por causa das nações estrangeiras, introduz-se uma refeição ligeira à noite que foi chamada "segundo café da manhã”.
Os principais ingredientes nos lares romanos comuns incluíam pães redondos feitos de Emmer, um cereal da mesma família do trigo. As classes mais altas desfrutavam de queijo, ovos, leite, frutas e mel. Finalmente, os romanos conheceram o pão que geralmente acompanhavam com azeitonas e vinho. Os romanos mais ricos podiam desfrutar da carne de porco, cordeiro, aves e diferentes variedades de peixes.
Quando o Império Romano evoluiu, se incluíram ingredientes como o tremoço, o grão de bico e os feijões, virando rapidamente os favoritos dos gladiadores. As classes mais altas também comiam feijão, mas seu gosto requintado só lhes permitia desfrutar das lentilhas egípcias, um prato exótico conhecido por seu sabor rico e valor nutricional.
Os legumes eram consumidos frequentemente no início da refeição. Os brócolis, aspargos, cenouras, azeitonas, beterrabas, alface, pepinos e cebolas eram uma parte essencial da cozinha romana até o século X. Surpreendentemente, os tomates não se comiam naquele tempo. Esse famoso ingrediente na culinária moderna da Itália só chegaria ao país no século XVIII!

10 curiosidades sobre a Roma Antiga


1. De acordo com a mitologia romana, Roma foi fundada por Rômulo e Remo. A lenda diz que os irmãos gêmeos tiveram que ser abandonados por sua mãe na floresta, onde uma loba os encontrou e os amamentou. Acredita-se que a fundação da cidade tenha sido em 753 a.C.
2. Inicialmente, Roma era uma monarquia. A partir de 508 a.C., passou de uma pequena cidade-estado para um poderoso império graças a um período de República que ajudou a expandir suas rotas comerciais.
3. O período mais conhecido da história romana foi o Império Romano, que começou oficialmente em 27 a.C. Nessa época, começou um intenso processo de expansão de territórios. Durante o império, os romanos passaram de 1,5%, para 25% da população mundial.
4. Os romanos revolucionaram as táticas de guerra. Isso porque, pela primeira vez, os soldados foram profissionalizados e juravam lealdade, não a seu país, mas ao general que os comandava. Em contrapartida, ficou comum que generais tomassem a cidade com seus exércitos e se autoproclamassem imperadores.
5. Júlio César foi o último governante da república de Roma. Atuou como cônsul e, posteriormente, como ditador, ficando no poder de 100 a.C. a 44 a.C. Durante seu governo, conheceu Cleópatra, rainha do Egito, com quem manteve relações além das diplomáticas. Com a rainha egípcia, teve um filho, Ptolomeu XV Caesar, com quem Cleópatra chegou a dividir o reinado do Egito. Mas Cleópatra parecia ter uma queda por líderes romanos e, depois da morte de Júlio César, a rainha passou a ser amante de Marco Antônio, com quem teve mais três filhos. Cleópatra ficou no poder até ascensão de Otávio. A "Rainha dos reis", como era conhecida, se suicidou com uma picada de cobra.
6. Foi Júlio César que disse "Até tu, Brutos?". Ele morreu em 44 a.C., assassinado por um grupo de conspiradores. Aliás, isso se tornaria comum entre governantes romanos: serem mortos por conspirações.
7. O primeiro imperador romano foi César Augusto (também conhecido como Octaviano), sobrinho-neto de Júlio César, que reinou de 63 a.C. a 14 d.C, ano de sua morte. Foi por causa dele que o oitavo mês do ano, que antes se chamava "sextilis", foi batizado de "augustus".
8. Apesar de ser considerada ícone de beleza, estudos recentes sugerem que Cleópatra era muito feia, pelo menos para os padrões atuais. Uma moeda de prata de 2 mil anos que possuía a imagem da rainha cunhada de um lado, e a do imperador Júlio César de outro, estava em uma galeria britânica há muitos anos, e foi "redescoberta" quando uma nova exposição estava sendo preparada. A imagem mostra uma senhora de nariz pontudo, queixo proeminente e lábios finos. Júlio César tampouco parecia atraente.
9. No ano de 64, Roma foi consumida por um incêndio. Uma lenda diz que o próprio imperador, Nero, teria ateado fogo à cidade, por estar maluco. É verdade que Nero estava um tanto "descontrolado", tendo em vista que mandou assassinar quase toda a aristocracia romana, por medo de conspirações. No final de seu império, a insegurança da população e da classe política era tão grande, que Nero foi considerado inimigo de Roma, e caçado até não conseguir mais fugir, e se suicidar. Ainda assim, nunca foi provado que ele incendiou a cidade.
10. O império romano ocidental durou até 476. A parte oriental, também conhecida como Império Bizantino, resistiu até 1453. 

SEXUALIDADE na Roma Antiga

Como outros aspectos da vida romana, a sexualidade foi apoiada e regulada por tradições religiosas. 
Tanto o culto público do Estado quanto os cultos privados convergiam para práticas religiosas e mágicas. A sexualidade era uma categoria importante do pensamento religioso romano. O complemento do masculino e feminino foi fundamental para o conceito romano de divindade. Entre os objetos religiosos, o falo sagrado sempre foi muito importante e usado pelos romanos. Em linhas gerais, ele era um símbolo apotropaico, ou seja, tinha o poder de afastar o azar e as influências maléficas, ao mesmo tempo em que simbolizava a proteção junto à ideia de fertilidade e vida.
Os sacerdotes romanos deveriam se casar e ter família. 
Cícero declarou que o desejo (libido) de procriar era "o canteiro da República", como era a causa da primeira forma de instituição social, o casamento. O casamento produzia filhos e, por sua vez uma "casa" (domus) para a unidade da família, que era o alicerce da vida urbana. Muitas festas religiosas romanas tinham o elemento da sexualidade. Os Lupercalia, em fevereiro, comemorados até o século V da era cristã, incluíam um rito de fertilidade arcaico. Na, Floralia, mulheres dançavam nuas. Em certos festivais ao longo de abril, as prostitutas também participavam, com reconhecimento oficial. A associação entre a reprodução humana, a prosperidade geral e o bem-estar do Estado sempre foi encarnada pelo culto romano de Vênus, que difere de sua contraparte grega Afrodite em seu papel como mãe do povo romano através de seu filho semi-deus, Eneias.
Durante as guerras civis dos anos 80 a. C., o general Sila, prestes a invadir seu próprio país com as legiões sob seu comando, emitiu um denário representando uma Vênus coroada como sua protetora pessoal e um Cupido segurando um ramo de palma da vitória, e no reverso troféus militares que remetiam aos áugures. As divindades e as ligações de amor e desejo com o sucesso militar e a autoridade religiosa eram representadas nessas imagens ou objetos. Cupido inspirou o desejo, e o deus importado Priapo representava a luxúria bruta ou humorística; Mutuno Tutuno, equivalente latino de Priapo, promovia o sexo marital. O deus Liber supervisionava respostas fisiológicas durante a relação sexual. Quando um jovem assumia a toga viril, se tornava seu patrono - de acordo com os poetas líricos, ele deixava para trás a modéstia inocente (pudor) da infância e adquiria a liberdade sexual (libertas) para iniciar seu curso de amor.

Passeando por ROMA



 DUOMO no centro de Roma, é datado de 24 a.C.













Na foto, o peralta Favarin em frente ao Duomo.