sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

O Militarismo romano

    A partir do século IV a.C., o Estado romano empreendeu uma série de conquistas militares que tinham por objetivo inicial evitar a afronta dos povos vizinhos e ampliar a oferta de terras férteis e pastos. Contudo, o crescimento da população e a experiência acumulada nos conflitos transformaram essa ação de defesa e sobrevivência em uma importante fonte de riquezas para Roma. Dessa forma, ao longo de cinco séculos, os romanos conquistaram regiões na África, na Ásia e na Europa.
   Contudo, para conseguir subjugar a imensa quantidade de povos que habitavam tais regiões do globo, os romanos tiveram que aprimorar a organização de seu contingente militar. A alta cúpula do exército era preferencialmente controlada por cidadãos de Roma ou de indivíduos de outras regiões que eram agraciados com a cidadania. Além disso, contavam com a força trazida pelos membros de comunidades dominadas que não possuíam nenhum direito de cidadania.
   Outro fator de sucesso no projeto militar romano está intimamente ligado ao fato de não possuírem um oneroso exército permanente. Quando necessário, os romanos e demais povos subordinados eram convocados a participarem de alguma importante investida militar. Para que o rápido agrupamento dos soldados acontecesse, o Estado romano teve a perspicácia de construir um conjunto de estradas que interligava as várias e distantes regiões do império.
    O sustentáculo fundamental da força militar romana se concentrava nas chamadas legiões. Cada uma delas era integrada por seiscentos homens, sendo uma metade formada por cavaleiros romanos e os demais trezentos soldados de algum outro povo aliado. As legiões eram costumeiramente divididas em manípulos, grupos de duas centúrias que correspondiam a um ajuntamento de duzentos soldados. Finalmente, tínhamos as decúrias, as menores unidades militares formadas por dez soldados.
    Ao mesmo tempo em que organizavam uma complexa hierarquia militar, os romanos também tiveram o cuidado de incrementar a sua tecnologia de guerra. Desenvolveram armas pesadas que conseguiam pôr muralhas e fortalezas abaixo. Além disso, as técnicas de organização e defesa foram aprimoradas com a montagem de acampamentos e a construção de fortificações protegidas por fossos e paliçadas.
    A distribuição do exército no campo de batalha era realizada de acordo com a experiência acumulada por cada um dos combatentes. Os hastati empunhavam armas mais leves e geralmente tinham pouca vivência de guerra. Atrás dessa linha de frente estavam ospríncipes e triarii, veteranos que manejavam as armas mais pesadas e eram acionados somente quando o confronto ficava mais acirrado.
    Os mecanismos de subordinação e controle do Exército Romano eram extremamente rigorosos. Quando descumpria uma ordem ou desertava, um soldado poderia ser punido com trabalhos forçados, espancamento e, em casos mais graves, com a decapitação. Em contrapartida, aqueles que se destacavam por algum feito militar brilhante poderiam receber grandes homenagens e ser premiados com terras e artigos luxuosos. Os generais vitoriosos adentravam Roma acompanhados por músicos, espólios e prisioneiros.
   Com o passar do tempo, a influência política exercida junto aos soldados e a importância econômica das conquistas militares estabeleceram a ascensão política de membros do exército romano. Inicialmente, esses ampliaram seus direitos de posse sobre as terras conquistadas e os escravos capturados. Logo em seguida, se transformaram em uma classe enriquecida que também poderia ocupar magistraturas ou conquistar uma cadeira no Senado.

A Política do Pão e Circo

    A política do Pão e Circo (panem et circenses, no original em Latim) como ficou conhecida, era o modo com o qual os líderes romanos lidavam com a população em geral, para mantê-la fiel à ordem estabelecida e conquistar o seu apoio. Esta frase tem origem na Sátira X do humorista e poeta romano Juvenal (vivo por volta do ano 100 d.C.) e no seu contexto original, criticava a falta de informação do povo romano, que não tinha qualquer interesse em assuntos políticos, e só se preocupava com o alimento e o divertimento.
    Com a sua gradual expansão, o Império Romano  tornou-se um estado rico, cosmopolita, e sua capital, Roma, tornou-se o centro de praticamente todos os acontecimentos sociais, políticos e culturais na época de seu auge. Isso fez naturalmente com que a cidade se expandisse, com gente vindo das mais diferentes regiões em busca de uma vida melhor. Como acontece até hoje em qualquer parte do mundo, pessoas humildes e de poucas condições financeiras iam se acotovelando nas periferias de Roma, em habitações com conforto mínimo, espaço reduzido, de pouco ou nenhum saneamento básico, e que eram exploradas em empregos de muito trabalho braçal e pouco retorno financeiro.
    Esses ingredientes, em qualquer sociedade são perfeitos para detonarem revoltas sociais de grandes dimensões. Para evitar isso, os imperadores optaram por uma solução paliativa, que envolvia a distribuição de cereais, e a promoção de vários eventos para entreter e distrair o povo dos problemas mais sérios na fundação da sociedade romana.
    Assim, nos tempos de crise, em especial no tempo do Império, as autoridades acalmavam o povo com a a construção de enormes arenas, nas quais realizavam-se sangrentos espetáculos envolvendo gladiadores, animais ferozes, corridas de bigas, quadrigas, acrobacias, bandas, espetáculos com palhaços, artistas de teatro e corridas de cavalo. Outro costume dos imperadores era a distribuição de cereais mensalmente no Pórtico de Minucius. Basicamente, estes "presentes" ao povo romano garantia que a plebe não morresse de fome e tampouco de aborrecimento. A vantagem de tal prática era que, ao mesmo tempo em que a população ficava contente e apaziguada, a popularidade do imperador entre os mais humildes ficava consolidada.
    Para os espetáculos eram reservados aproximadamente 182 dias no ano (para cada dia útil havia um ou dois dias de feriado). Os espetáculos que foram se desenvolvendo em cada uma dessas férias romanas, tinham sua origem na religião. Os romanos nunca deixavam de cumprir as solenidades, porém não mais as compreendiam e os festejos foram deixando de ter um caráter sagrado e passando a saciar somente os prazeres de quem os assistia.

"A Paz Romana"

    Otávio que assumiu o poder em 31 a.C. se autoproclamou Imperador, a partir deste momento esse período da história romana passou a ser denominado pelos historiadores de Império. Para os romanos o regime político que se instituiu foi o Principado, em especial, porque Otávio era considerado princeps (primeiro cidadão de Roma), era ele quem tinha a primeira palavra no Senado.
    As instituições republicanas ainda existiam, porém todas elas estavam sob o seu controle, ele ocupava os principais cargos, indicava os senadores e outros magistrados, era chefe militar, decidia sobre todos os assuntos importantes e era a autoridade religiosa, recebendo em 27 a.C. o título de Augusto (consagrado, divino).
    O Senado portanto, passou a ser um órgão figurativo, não tinha mais nenhum poder de decisão. É muito importante compreender como que os Senadores permitiram essa concentração de poderes nas mãos de Otávio Augusto sem nenhuma objeção. Vamos lembrar que muitos deles foram nomeados pelo próprio Imperador, enfraquecendo a oposição. Com o desenvolvimento do comércio uma nova classe social, os equestres, passaram a compor a magistradura, funções anteriormente reservadas aos aristocratas, dando total apoio às decisões tomadas pelo governo. E por último, criou o seu próprio exército, com a função de protegê-lo, conhecido como a Guarda Pretoriana, além de colocar nos comandos das tropas apenas pessoas de sua confiança.
    Deu-se início no governo de Otávio Augusto a um longo período de calma e prosperidade, conhecido como a "Paz Romana", que se prolongou até o século II. Com a riqueza que fluía das Províncias, investiu-se nas artes de um modo geral, arquitetura, pintura, escultura, literatura, quase sempre voltadas para glorificar Roma e seus Imperadores. Grandes obras foram realizadas como os aquedutos, pontes, estradas, templos, anfiteatros e arcos do triunfo, voltados para homenagear Imperadores que se saíram vitoriosos em alguma batalha.
   Houve um grande avanço econômico, principalmente no comércio, que era realizado entre todas as Províncias. Entretanto a "Paz Romana", que significava um momento de calmaria sem conflitos, era na realidade uma "Paz Armada", pois para as Províncias foram enviados numerosos exércitos que impediam qualquer foco de rebelião. O mesmo ocorria nos grandes centros urbanos, pois a população continuava vivendo em condições precárias, o desemprego aumentava assim como a fome e a miséria. Essa situação era amenizada pela política do "pão e circo", que visava diminuir as tensões sociais. No decorrer dos dois séculos que sucederam a morte de Otávio Augusto (30 a.C. a 14 d.C), quatro dinastias ocuparam sucessivamente o poder em Roma. Foram elas:


• Dinastia Júlio-Claudiana (14 a 68 d.C.)
• Dinastia Flávia (68 a 96 d.C.)
• Dinastia Antonina (96-193 d.C.)
• Dinastia Severa (193-235 d.C.)


     A transferência de poder entre uma dinastia e outra, nunca se deu de forma pacífica, geralmente, resultava em guerras civis envolvendo exércitos e senadores. Entre a dinastia Antonio e dos Severos, houve sangrentas lutas e num prazo de um ano, Roma teve quatro Imperadores (Juliano, Niger, Clódio Albino e Sétimo Severo).

Júlio César

    Caio Júlio César (12.07.100 - 15.03.44 a C.) pertencia ao ramo pobre de uma das mais antigas famílias patrícias de Roma, a “gens Lulia”. Como patrício, ocupa vários cargos públicos e começa a ser notado por sua eficiência. Conseguiu reconciliar dois rivais poderosos, Crasso e Pompeu, que tinham em comum o descontentamento contra o Senado, e formou com eles um triunvirato.
    Em 59 a C.César é eleito cônsul. Ratificou as conquistas de Pompeu no Oriente e garantiu a Crasso vantagens na Ásia. Durante sua gestão no consulado tomou medidas populares que lhe aumentavam o prestígio. No fim de seu período de consulado, atribuiu-se o governo da Gália Cisalpina e da Ilíria. Conquistou a Gália (58-51 a C.), conseguindo a rendição do herói gaulês Vercingetórix (52 a C.)
    Construiu um império que agora podia rivalizar com as conquistas de Pompeu no Oriente. Com a morte de Crasso o triunvirato é dissolvido e passa a haver uma rivalidade entre Pompeu e César. Pompeu aproxima-se do Senado contra as ambições de poder absoluto de Julio César, e acaba sendo designado cônsul único pelo Senado. Isto contrariava as leis de Roma e provocou o retorno de César, que fez com que Pompeu e o Senado abandonassem Roma. César luta abertamente contra Pompeu. Este ultimo é morto em 48 a C., e seus partidários são derrotados em 46 e 45 a C. César retorna triunfante a Roma e aspira ao poder absoluto. Torna-se Ditador, promove mudanças na administração e reforma o calendário. César lançou as bases do Império Romano. No dia 15 de março de 44 a C., César tombou no Senado, vitima de uma conspiração articulada por Cássio e Bruto, este último um protegido de César. Seu assassinato desencadeia novo período de guerras civis, sobressaindo-se um sobrinho-neto de Julio César, Otávio. Este, juntamente com Marco Antonio e Lépido, formam um segundo triunvirato (43 a C.).
    Lépido foi preso por Otávio, Marco Antonio vai lutar no Oriente e é seduzido por Cleópatra, no Egito, passando a ter uma vida de tirano no Oriente. Indignados os romanos apóiam Otávio que move guerra contra Marco Antonio e Cleópatra, que se suicidam por ocasião da derrota de Ácio (31 a C.). Otávio retorna a Roma e torna-se príncipe e imperador. Findava a Republica Romana.

Formação e Expansão do Império Romano

Conseqüências da Expansão Romana as conquistas territoriais provocam uma alteração significativa em Roma. Aumentam o luxo, a riqueza, o número de escravos disponíveis e os latifúndios, que eram distribuídos como forma de recompensa aos oficiais vitoriosos. Ocorre um empobrecimento da plebe e dos pequenos agricultores. Aumentam as tensões sociais que assinalam o início de um período de guerras civis, cujo desenlace foi à crise da República e a implantação do Império. Após dominar toda a península itálica, os romanos partiram para as conquistas de outros territórios.

Com um exército bem preparado e muitos recursos, venceram os cartagineses nas Guerras Púnicas (século III a.C). Esta vitória foi muito importante, pois garantiu a supremacia romana no Mar Mediterrâneo. Os romanos passaram a chamar o Mediterrâneo de Mare Nostrum.

Após dominar Cartago, Roma ampliou suas conquistas, dominando a Grécia, o Egito, a Macedônia, a Gália, a Germânia, a Trácia, a Síria e a Palestina. Com as conquistas, a vida e a estrutura de Roma passaram por significativas mudanças. O império romano passou a ser muito mais comercial do que agrário. Povos conquistados foram escravizados ou passaram a pagar impostos para o império. As províncias (regiões controladas por Roma) renderam grandes recursos para Roma. A capital do Império Romano enriqueceu e a vida dos romanos mudou.

Música na Romana Antiga

  Sabe-se menos sobre a música da Roma antiga do que sobre a música da Grécia antiga. A arte musical grega, que embora tenha deixado escassos exemplos registrados (apenas cerca de 40 fragmentos), persiste em diversas descrições e num sistema bastante bem desenvolvido, mas da música romana nos chegaram ainda menos relíquias, e suas características ainda permanecem em grande parte no terreno da conjetura.
  Os romanos não eram muito originais no que diz respeito à arte, tendo importado a maior parte das técnicas e referências estilísticas da Grécia, como se pode ver pelos exemplares remanescentes de escultura e pintura. Não é possível afirmar com certeza se isso se repetiu na música, embora seja bastante provável. Mas ao contrário dos gregos, sabe-se que não havia uma forte associação de ética e música entre os romanos.
  A despeito desta dependência, há registros sobre a largamente difundida presença de música em todas as ocasiões da vida romana, desde em manobras militares e nos grandes festivais, onde havia performances em larga escala que incluíam centenas de instrumentistas e usando instrumentos de enormes dimensões, como kitharas construídas do tamanho de carruagens, até o uso discreto e doméstico de instrumentos solo. Concursos musicais eram comuns e a educação em música era considerada um sinal de distinção social.
  Supõe-se que eles tenham empregado em sua produção sonora o sistema grego dos modos, e que a prática teria sido principalmente monódica. A música vocal teria imitado o padrão grego, embora adaptado ao ritmo peculiar da prosódia latina. Igualmente não é claro o grau de participação de outros elementos exógenos na cultura musical romana, e pode-se imaginar que tenha havido alguma troca de influências com os etruscos, asiáticos, africanos e povos bárbaros do norte da Europa, integrantes de regiões que com o tempo foram sendo anexadas ao Império em expansão. Uma das causas para as grandes lacunas existentes em nosso conhecimento sobre a música romana é o desagrado com que os primeiros cristãos encaravam o teatro, os festivais e os ritos pagãos, suprimidos assim que o cristianismo se tornou a religião oficial, junto com sua música.
  É possível que os romanos tenham imitado também o sistema notacional dos gregos para transcrever suas composições, usando quatro letras para indicar quatro notas em sucessão que perfaziam um tetracorde. Sinais auxiliares acima das letras indicariam a duração e o ritmo. Não se sabe em que extensão anotavam a sua música. A arte do período deixou diversas representações de músicos, mas nenhum deles lê qualquer partitura, e só foi descoberto até agora reduzidíssimo número de fragmentos escritos, em sua maior parte procedentes do Egito helenístico, com uma variante da notação grega tradicional, e podem mesmo ser de origem grega e não romana. É possível que os neumas medievais tenham evoluído da obscura notação romana anterior. Boécio escreveu sobre música, mas seu trabalho é antes uma descrição da música grega do que um retrato da música romana de sua época.
  Instrumental:

     - Sopro

- Bucina e cornu, grandes e delgados tubos de bronze em forma da letra G, envolvendo o corpo do executante, e podia ou não ter uma barra transversal de apoio. Tinha seção cônica e um bocal também cônico. Também é de herança etrusca.Tuba. Não era como as modernas tubas, mas possuía um longo tubo cilíndrico de bronze com um final que se abria de súbito em uma forma de sino, semelhante ao trompete. Tinha um bocal removível cônico e nenhuma válvula, o que permitia apenas a produção de uma série simples de sobretons, sendo um instrumento basicamente de uso militar aparentemente herdado dos etruscos. O comprimento dos exemplares descobertos fica em torno dos 130 cm.-Tibia. Uma versão latina do aulos grego, usualmente duplo, com palheta e um bocal único para manter os início dos dois tubos juntos na boca do músico. Reconstruções modernas indicam que produzia um som baixo, como o do clarinete.-Ascaule, phusale e utriculium, tipos de gaita de foles.
-Flautas e flautas de Pã, semelhantes ao exemplares modernos.


     - Cordas

-Lira: tomada dos gregos, era uma espécie de harpa com um arcabouço feito com o casco de tartarugas, e um número variável de cordas que eram beliscadas com os dedos.-Kithara, que gradualmente substituiu a lira no gosto romano, semelhante a esta mas com uma caixa de ressonância maior, sendo tocada com um plectro. Era um dos instrumentos favoritos, sendo usado em diversas ocasiões, tanto públicas como privadas, e seus virtuoses era capazes de levar o público às lágrimas.-Alaúde, um precursor das guitarras modernas. Na época romana tinha três cordas e não era muito popular, embora fosse mais fácil de tocar que a lira ou a kithara.
   
     - Percurssão


Era uma das seções mais ricas do instrumentarium romano, com uma profusão de tipos de sinoschocalhossistroscímbalostímpanos e tambores, usados em todas as ocasiões. Há indícios de que a música romana era fortemente rítmica, e a percussão deve ter desempenhado um papel importante na marcação do tempo.


     -Órgãos

Representado em mosaicos e em fragmentos preservados em museus, o órgão romano parece ser um intermediário entre a gaita de foles e os órgãos como os conhecemos hoje. Não se conseguiu esclarecer seu mecanismo de ação. Um tipo especialmente interessante é o hydraulis, um órgão que trabalhava com a pressão da água. Também foi herdado dos gregos, e existe um bem preservado modelo em argila encontrado em Cartago em 1885. Reconstruções modernas produzem um som suave e doce, adequado para acompanhamento de música vocal.

Ouça algumas músicas romanas :

http://www.youtube.com/watch?v=bbM0Uj84-8c

http://www.youtube.com/watch?v=b1CqyaZkgtc

http://www.youtube.com/watch?v=RAzWAGvqoUM


quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Arte Romana

A arte romana sofreu duas fortes influências: a da arte etrusca popular e voltada para a expressão da realidade vivida, e a da greco-helenística, orientada para a expressão de um ideal de beleza.
Um dos legados culturais mais importantes que os etruscos deixaram aos romanos foi o uso do arco e da abóbada nas construções. 


ARQUITETURA
As características gerais da arquitetura romana são:

• busca do útil imediato, senso de realismo;
• grandeza material, realçando a idéia de força;
• energia e sentimento;
• predomínio do caráter sobre a beleza;
• originais: urbanismo, vias de comunicação, anfiteatro, termas.

As construção eram de cinco espécies, de acordo com as funções:

1) Religião: Templos Pouco se conhece deles. Os mais conhecidos são o templo de Júpiter Stater, o de Saturno, o da Concórdia e o de César. O Panteão, construído em Roma durante o reinado do Imperador Adriano foi planejado para reunir a grande variedade de deuses existentes em todo o Império, esse templo romano, com sua planta circular fechada por uma cúpula, cria um local isolado do exterior onde o povo se reunia para o culto. 

2) Comércio e civismo: Basílica A princípio destinada a operações comerciais e a atos judiciários, a basílica servia para reuniões da bolsa, para tribunal e leitura de editos. Mais tarde, já com o Cristianismo, passou a designar uma igreja com certos privilégios. A basílica apresenta uma característica inconfundível: a planta retangular, (de quatro a cinco mil metros) dividida em várias colunatas. Para citar uma, a basílica Julia, iniciada no governo de Júlio César, foi concluída no Império de Otávio Augusto. 

3) Higiene: Termas Constituídas de ginásio, piscina, pórticos e jardins, as termas eram o centro social de Roma. As mais famosas são as termas de Caracala que, além de casas de banho, eram centro de reuniões sociais e esportes. 

4) Divertimentos: 
a) Circo: extremamente afeito aos divertimentos, foi de Roma que se originou o circo. Dos jogos praticados temos: jogos circenses - corridas de carros; ginásios - incluídos neles o pugilato; jogos de Tróia - aquele em que havia torneios a cavalo; jogos de escravos - executados por cavaleiros conduzidos por escravos; Sob a influência grega, os verdadeiros jogos circenses romanos só surgiram pelo ano 264 a.C. Dos circos romanos, o mais célebre é o "Circus Maximus". 
b) Teatro: imitado do teatro grego. O principal teatro é o de Marcelus. Tinha cenários versáteis, giratórios e retiráveis. 
c) Anfiteatro: o povo romano apreciava muito as lutas dos gladiadores. Essas lutas compunham um espetáculo que podia ser apreciado de qualquer ângulo. Pois a palavra anfiteatro significa teatro de um e de outro lado. Assim era o Coliseu, certamente o mais belo dos anfiteatros romanos. Externamente o edifício era ornamentado por esculturas, que ficavam dentro dos arcos, e por três andares com as ordens de colunas gregas (de baixo para cima: ordem dórica, ordem jônica e ordem coríntia). Essas colunas, na verdade eram meias colunas, pois ficavam presas à estrutura das arcadas. Portanto, não tinham a função de sustentar a construção, mas apenas de ornamentá-la. Esse anfiteatro de enormes proporções chegava a acomodar 40.000 pessoas sentadas e mais de 5.000 em pé. 

5) Monumentos decorativos 
a) Arco de Triunfo: pórtico monumental feito em Inícionagem aos imperadores e generais vitoriosos. O mais famoso deles é o arco de Tito, todo em mármore, construído no Forum Romano para comemorar a tomada de Jerusalém. 
b) Coluna Triunfal: a mais famosa é a coluna de Trajano, com seu característico friso em espiral que possui a narrativa histórica dos feitos do Imperador em baixos-relevos no fuste. Foi erguida por ordem do Senado para comemorar a vitória de Trajano sobre os dácios e os partos. 

6) Moradia: Casa Era construída ao redor de um pátio chamada Atrio. 


PINTURA
O Mosaico foi muito utilizado na decoração dos muros e pisos da arquitetura em geral.
A maior parte das pinturas romanas que conhecemos hoje provém das cidades de Pompéia e Herculano, que foram soterradas pela erupção do Vesúvio em 79 a.C. Os estudiosos da pintura existente em Pompéia classificam a decoração das paredes internas dos edifícios em quatro estilos. 
Primeiro estilo: recobrir as paredes de uma sala com uma camada de gesso pintado; que dava impressão de placas de mármore. 
Segundo estilo: Os artistas começaram então a pintar painéis que criavam a ilusão de janelas abertas por onde eram vistas paisagens com animais, aves e pessoas, formando um grande mural. 
Terceiro estilo: representações fiéis da realidade e valorizou a delicadeza dos pequenos detalhes. 
Quarto estilo: um painel de fundo vermelho, tendo ao centro uma pintura, geralmente cópia de obra grega, imitando um cenário teatral. 


ESCULTURA
Os romanos eram grandes admiradores da arte grega, mas por temperamento, eram muito diferentes dos gregos. Por serem realistas e práticos, suas esculturas são uma representação fiel das pessoas e não a de um ideal de beleza humana, como fizeram os gregos. Retratavam os imperadores e os Inícions da sociedade. Mais realista que idealista, a estatuária romana teve seu maior êxito nos retratos. 
Com a invasão dos bárbaros as preocupações com as artes diminuíram e poucos monumentos foram realizados pelo Estado. Era o começo da decadência do Império Romano que, no séc. V - precisamente no ano de 476 - perde o domínio do seu vasto território do Ocidente para os invasores germânicos. 


MOSAICO
Partidários de um profundo respeito pelo ambiente arquitetônico, adotando soluções de clara matriz decorativa, os masaístas chegaram a resultados onde existe uma certa parte de estudo direto da natureza. As cores vivas e a possibilidade de colocação sobre qualquer superfície e a duração dos materiais levaram a que os mosaicos viessem a prevalecar sobre a pintura. Nos séculos seguintes, tornar-se-ão essenciais para medir a ampliação das primeiras igrejas cristãs.